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Como Proteger Sua Propriedade Rural de Invasões e Conflitos

  • Foto do escritor: Coraldino Sanches Filho Adv Associados
    Coraldino Sanches Filho Adv Associados
  • 5 de nov.
  • 3 min de leitura

A propriedade rural é o maior patrimônio de muitos produtores, resultado de anos — às vezes gerações — de trabalho. Por isso, quando surge um conflito de posse, invasão de terras ou ameaça ao uso da área, é essencial agir com rapidez e estratégia. É exatamente nesse cenário que as ações possessórias se tornam fundamentais.

Neste artigo, você vai entender o que são ações possessórias, quando usar cada uma e quais provas garantem uma defesa sólida na Justiça.


O que são ações possessórias?

As ações possessórias são instrumentos jurídicos utilizados para proteger a posse de um imóvel rural, garantindo que quem tem o direito de exercer a posse continue utilizando a propriedade de forma legítima.

Elas são reguladas pelo Código de Processo Civil e têm como objetivo evitar ou solucionar conflitos sobre o uso da terra.

Na prática, elas se aplicam quando:

  • Há invasão total ou parcial da propriedade;

  • O proprietário ou possuidor sofre ameaças ou perturbações no exercício da posse;

  • Alguém impede o uso da terra ou tenta se apropriar dela de forma indevida.


Quais são os tipos de ações possessórias?

Existem três tipos principais, e cada uma serve para situações específicas:

1. Manutenção de Posse – quando há turbação

Usada quando o produtor ainda está na posse da terra, mas alguém está interferindo no uso ou atrapalhando suas atividades.

Exemplos:

  • Vizinhos que avançam divisas

  • Impedimento de passagem

  • Colocação de gado ou máquinas em área alheia


Objetivo: manter a posse e impedir novas interferências.


  1. Reintegração de Posse – quando há esbulho

Essa ação é utilizada quando o produtor perde a posse da propriedade total ou parcialmente, devido a invasão ou ocupação indevida.

Situações comuns:

  • Invasão de terceiros

  • Ocupações prolongadas sem autorização

  • Antigo arrendatário que se recusa a devolver a área


Objetivo: retomar a posse legítima do imóvel.


3. Interdito Proibitório – quando há ameaça

Ideal para evitar que um conflito se torne uma invasão ou perda da posse.

É uma ação preventiva, usada quando existe ameaça real e iminente de invasão.


Exemplos:

  • Avisos de que um grupo pretende ocupar a área

  • Conflitos com posseiros, arrendatários ou vizinhos

  • Risco de dano ao patrimônio rural

Objetivo: proibir a invasão e garantir proteção judicial preventiva.


Quais provas aumentam as chances de sucesso?

A posse se prova com fatos, não apenas com documentos. Quanto mais evidências, melhor.

As principais provas são:

Tipo de Prova

Exemplos

Documentais

Contratos, escritura, CAR, CCIR, ITR

Testemunhal

Vizinhos, funcionários, fornecedores

Fotográficas e Vídeos

Imagens da área, cercas, invasões

Boletim de Ocorrência

Para registrar o fato no momento

Notificações Extrajudiciais

Comprova tentativa de solução prévia

Dica importante: A rapidez na coleta das provas e no ajuizamento da ação aumenta muito as chances de ganhar a causa.


Por que agir rápido é fundamental?

No campo, conflitos costumam evoluir rapidamente. Uma invasão que não é enfrentada logo no início pode trazer prejuízos significativos:

  • Danos à produção e ao solo

  • Prejuízos ambientais

  • Risco de perda da posse

  • Custos elevados com recuperação da área

Além disso, existe o chamado prazo de “ano e dia” — se a ação for proposta dentro desse prazo, o processo se torna mais célere e com medidas mais eficazes.


As ações possessórias são ferramentas essenciais para proteger a posse e garantir segurança jurídica no campo. Saber quando utilizar cada uma e agir com estratégia pode ser a diferença entre preservar seu patrimônio ou enfrentar anos de prejuízo.

Em situações de invasão, ameaça ou conflito sobre terras, busque orientação jurídica especializada. O conhecimento técnico e a rapidez no ajuizamento da ação fazem toda a diferença no resultado.


trator no campo

 
 
 

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